Se empresa entra com ação contra Palmeiras, como fica a venda de Vitor Reis

O Palmeiras enfrenta um novo imbróglio jurídico envolvendo a venda do zagueiro Vitor Reis ao Manchester City. A AGON Empreendimentos Esportivos entrou com uma ação de antecipação de provas contra o Verdão, alegando direito a uma porcentagem da transação.

Venda de Vitor Reis ao Manchester City gerou disputa judicial

O zagueiro Vitor Reis foi negociado pelo Palmeiras com o Manchester City no início de 2025 por € 37 milhões (aproximadamente R$ 232 milhões na cotação da época). A transferência chamou atenção pelo alto valor envolvido e, agora, também se tornou motivo de uma disputa nos tribunais.

• A empresa AGON Empreendimentos Esportivos alega que tem direito a 10% de comissão sobre o montante líquido da venda.
• O pedido se baseia em um "Termo de Garantia e Compromisso para Pagamento de Comissão por Intermediação", assinado em 8 de fevereiro de 2021.
• Esse documento garantiria exclusividade à empresa na intermediação de uma futura venda de Vitor Reis ao exterior.

A informação foi divulgada pelo NOSSO PALESTRA, que teve acesso à petição inicial apresentada pela AGON na Justiça.

Palmeiras revogou contrato e excluiu intermediários

Segundo a AGON Empreendimentos Esportivos, o Palmeiras teria revogado o acordo de exclusividade sem aviso prévio e sem apresentar justificativas válidas. A empresa relata que:

• Entre 9 e 13 de janeiro, entrou em contato com representantes do Manchester City e do Palmeiras, reforçando sua exclusividade na negociação.
• Poucos dias depois, recebeu uma notificação do clube informando a revogação do contrato de intermediação.
• A empresa afirma que a decisão foi tomada "sem qualquer justificativa válida e/ou esclarecimentos razoáveis".

O que pode acontecer com o Palmeiras na Justiça

A disputa judicial pode trazer consequências para o Palmeiras, caso a Justiça entenda que a AGON Empreendimentos Esportivos tem direito à comissão. Se a empresa conseguir comprovar que a revogação foi irregular, o Verdão pode ser condenado a pagar:

• 10% do valor líquido da venda, o que pode chegar a milhões de reais.
• Juros e correção monetária pelo atraso no pagamento.
• Custas processuais e honorários advocatícios.

O Palmeiras ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. No entanto, nos bastidores, o clube deve alegar que tinha autonomia para revogar o contrato e conduzir a venda de Vitor Reis de forma independente.

A situação ainda está em fase inicial, e o processo pode se arrastar por meses até uma decisão final.