Enquanto o Mirassol custa R$ 75 milhões, esse é o valor surreal do elenco do Palmeiras

O Palmeiras segue inabalável como uma das principais potências do futebol brasileiro, tanto pelo desempenho dentro de campo quanto pela solidez financeira fora dele. Atual campeão de diversas competições nacionais e internacionais, o clube detém hoje o elenco mais valioso da Série A, avaliado em impressionantes 220 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão), segundo dados do Transfermarkt. Para se ter uma noção da disparidade financeira no futebol brasileiro, esse valor representa quase o mesmo que a soma dos elencos de todos os times da Série B, que juntos totalizam 251 milhões de euros (R$ 1,37 bilhão).

Parte desse domínio financeiro vem da eficiência na valorização e venda de jovens talentos da base. Nos últimos anos, o Palmeiras arrecadou mais de R$ 1 bilhão com negociações de promessas formadas no clube. O mais recente exemplo é o de Estêvão, vendido ao Chelsea por 61,5 milhões de euros (R$ 358 milhões). O Verdão recebeu 45 milhões de euros (R$ 262 milhões) à vista, enquanto os outros 16,5 milhões de euros (R$ 96 milhões) estão atrelados a metas estabelecidas no contrato. Como o clube possuía 70% dos direitos econômicos do jovem, o total que pode ser arrecadado gira em torno de R$ 250 milhões.

A estratégia segue um padrão já adotado anteriormente pelo Palmeiras, como na venda de Endrick para o Real Madrid, fechada por 60 milhões de euros (R$ 337 milhões à época), e na negociação de Luis Guilherme com o West Ham, que rendeu ao clube 30 milhões de euros (R$ 175 milhões).

Mirassol em crise

Se o momento do Palmeiras é de estabilidade e crescimento, o mesmo não pode ser dito sobre o Mirassol, que vive uma fase conturbada no Campeonato Paulista. Após uma sequência negativa de resultados, o clube anunciou a saída do técnico Eduardo Barroca, que comandou a equipe em 11 partidas, somando cinco vitórias, um empate e cinco derrotas.

Barroca chegou ao Mirassol no fim de 2024, substituindo Mozart, que deixou o clube para treinar o Coritiba. Sob seu comando, o time teve um início avassalador, chegando a liderar a classificação geral do Paulistão com cinco vitórias nos seis primeiros jogos. No entanto, a equipe caiu drasticamente de rendimento e acumulou quatro derrotas consecutivas, sofrendo 12 gols nesse período.

O treinador justificou a queda de desempenho citando o desgaste dos jogadores e a carga emocional das derrotas. No entanto, os maus resultados falaram mais alto e a diretoria optou pela troca. Segundo comunicado oficial, a saída ocorreu "em comum acordo", e, por enquanto, o auxiliar Ivan Baitello assumirá a equipe interinamente.

Apesar da turbulência, o Mirassol segue vivo no Campeonato Paulista e já está classificado para as quartas de final. O time terá um desafio difícil pela frente: enfrentará o Corinthians, na Neo Química Arena, no final de semana do Carnaval. Antes disso, o Leão encara o Palmeiras, no Estádio Maião, em Mirassol, no próximo domingo, às 18h30, na última rodada da fase de grupos.