Por Rafael Pereira
O Palmeiras está prestes a atingir a marca impressionante de um milhão de torcedores presentes em jogos no Allianz Parque em 2023, e parte desse sucesso é atribuída à implementação bem-sucedida do sistema de reconhecimento facial no estádio. Essa mudança foi tomada após a presidente do clube, Leila Pereira, receber inúmeras reclamações de torcedores que enfrentavam dificuldades para adquirir ingressos devido à ação de cambistas. Com a tecnologia em vigor, o comércio irregular de ingressos foi substancialmente reduzido nos jogos do Palmeiras.
Segundo o GE, a inovação foi gradualmente implementada em todos os acessos da arena desde janeiro, tornando o Verdão o único clube brasileiro a ter 100% de acesso ao estádio por meio da biometria facial. Mais de meio milhão de torcedores já utilizaram o sistema para entrar no estádio e assistir a 26 jogos da equipe nesta temporada.
A Lei Geral do Esporte estabelece que todos os estádios brasileiros devem adotar o reconhecimento facial em pelo menos 20% da capacidade total até junho de 2025. Nesse sentido, o estádio de São Januário, do Vasco, também planeja implementar a biometria facial, após um acordo com o Ministério Público para a liberação do local para jogos.
A presidente Leila Pereira expressou sua satisfação com a adoção da tecnologia por outros clubes e pelo poder público, destacando seu potencial não apenas para combater cambistas, mas também para contribuir com as autoridades de segurança pública no combate à violência.
Recentemente, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que regulamenta o uso de sistemas de videomonitoramento facial em estádios e locais de eventos esportivos. O projeto permite que o uso do reconhecimento facial seja facultativo, de acordo com as necessidades de cada local, visando garantir a proteção de todos os envolvidos nos eventos esportivos. Esse projeto de lei ainda está sujeito à análise por comissões do Esporte, Cidadania e Constituição e Justiça.
Um aspecto relevante a ser ressaltado é que os dados obtidos por meio do sistema de reconhecimento facial são registrados em um servidor externo, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Eles são utilizados exclusivamente para a gestão de acesso dos torcedores ao estádio, a menos que haja solicitações por parte de órgãos de segurança pública, como ocorreu no caso da investigação da morte da torcedora Gabriela Anelli em um jogo do Palmeiras contra o Flamengo, em julho. A tecnologia desempenhou um papel crucial na identificação do suspeito e na esclarecimento do caso.
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
29/02/2024
28/02/2024
28/02/2024
28/02/2024
28/02/2024