Por Eric Filardi
O empresário André Cury voltou a alertar a Justiça sobre possíveis movimentações processuais suspeitas envolvendo o Corinthians. Segundo ele, o recente pagamento de salários do clube, realizado após a obtenção de uma liminar com a ajuda da Caixa Econômica Federal, pode configurar uma fraude. A liberação de verbas bloqueadas da TV Globo levanta suspeitas, e Cury argumenta que, diante desse cenário, o clube deveria decretar falência. Documentos anexados ao processo mostram que o Corinthians não possui ativos disponíveis que garantam o benefício da RCE, evidenciando um quadro de insolvência.
O empresário afirma que a situação financeira do Corinthians exige uma intervenção judicial mais drástica. Segundo a defesa de Cury, feita pela advogada Adriana Cury, o clube cedeu todos os seus recebíveis à Caixa Econômica Federal para pagar dívidas, tornando qualquer movimentação financeira questionável. A advogada anexou os contratos de cessão fiduciária ao processo, reforçando que os recebíveis do clube já estariam comprometidos com a estatal.
Na última semana, o Corinthians anunciou o pagamento dos salários atrasados de janeiro utilizando os R$ 33,7 milhões recebidos da TV Globo pela premiação do Campeonato Brasileiro de 2024. O clube havia ficado em 7º lugar, garantindo esse montante. Porém, André Cury questiona como o clube conseguiu pagar os jogadores sem cumprir as condições da cessão à Caixa, o que poderia indicar um desvio de recursos.
A defesa de Cury argumenta que o Corinthians estaria fraudando execuções judiciais ao movimentar valores que já estariam comprometidos. O empresário alega que a agremiação tem agido de forma dolosa e deliberada, driblando credores e se beneficiando indevidamente dos efeitos da Lei 14.193. Segundo ele, o clube demonstra um comportamento de má-fé ao utilizar mecanismos para evitar o cumprimento de obrigações financeiras.
Diante dos fortes indícios de fraude, Cury entrou com um novo pedido de recurso para interromper o RCE do Corinthians, solicitando que as cessões fiduciárias feitas à Caixa sejam tratadas como instrumentos de fraude. Além disso, o empresário pediu que o Procurador-Geral fosse notificado sobre a situação. O Ministério Público já havia se manifestado anteriormente sobre a necessidade de investigações mais aprofundadas.
Procurado pelo jornalista Diego Reis, o Corinthians preferiu não comentar o caso. A Caixa Econômica Federal também se recusou a falar sobre ações judiciais em andamento, alegando sigilo bancário.
Enquanto o Corinthians enfrenta uma grave crise financeira, o Palmeiras segue em um momento oposto. O Conselho Deliberativo do clube aprovou o orçamento para 2025, prevendo uma arrecadação superior a R$ 1 bilhão no ano. Com um superávit estimado de R$ 12,4 milhões, o Verdão projeta um cenário financeiro sólido, marcando o segundo ano consecutivo com receitas bilionárias.
O orçamento prevê que a maior parte das receitas virá da negociação de jogadores (29%), com destaque para a venda de Estêvão ao Chelsea, que ainda não foi contabilizada nos R$ 301,6 milhões estimados para transferências. Outras fontes de receita incluem patrocínios, direitos de transmissão e sócio-torcedor.
Com um planejamento sólido e receitas diversificadas, o Palmeiras se destaca como um modelo de gestão financeira no futebol brasileiro, em contraste com a situação caótica do Corinthians.
02/02/2025
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31/01/2025
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