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Se Felipe Melo se revolta e Conmebol silencia, caso de racismo contra Luighi gera indignação no futebol

Felipe Melo cobra punições rígidas após caso de racismo contra Luighi na Libertadores Sub-20.

Por Eric Filardi

Foto: Fluminense/Divulgação
Foto: Fluminense/Divulgação
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A denúncia de Luighi, jovem atacante do Palmeiras, sobre um caso de racismo durante a Libertadores Sub-20 reacendeu o debate sobre discriminação no futebol. O jogador relatou insultos vindos das arquibancadas do jogo contra o Cerro Porteño, o que levou a uma forte repercussão entre atletas e torcedores.

O ex-volante Felipe Melo foi um dos que se manifestaram sobre o caso. Em suas redes sociais, ele demonstrou revolta e cobrou punições severas para atos racistas no futebol. “Isso é crime e precisa ter consequências reais. Cadeia para quem faz isso! Chega de impunidade”, declarou o jogador do Fluminense.

Felipe Melo cobra punição e critica omissão

O ex-jogador do Palmeiras, conhecido por sua postura firme dentro e fora de campo, afirmou que campanhas de conscientização são importantes, mas insuficientes. Ele cobrou a CBF e os jogadores brasileiros para que se unam e exijam providências concretas.

  • “Não adianta levantar plaquinha e depois tudo continuar igual.”
  • “Se a gente quisesse, como aconteceu com a briga contra gramado sintético, dava para parar o futebol contra o racismo.”
  • “Se não tiver punição real, isso nunca vai acabar.”

A cobrança também se estendeu à Conmebol, que ainda não se pronunciou sobre possíveis sanções ao Cerro Porteño ou ao torcedor flagrado cometendo o ato racista. A entidade tem adotado medidas mais duras recentemente, mas, até o momento, não houve um comunicado oficial sobre esse caso.

Conmebol silencia e caso expõe falhas na luta contra racismo

A situação aconteceu aos 32 minutos do segundo tempo, logo após o Palmeiras marcar seu terceiro gol. Enquanto o meia Figueiredo deixava o campo, um torcedor do Cerro Porteño foi flagrado fazendo gestos racistas. Luighi percebeu a agressão e, revoltado, alertou a arbitragem.

O episódio gerou grande comoção. O jovem atacante foi contido por companheiros no banco de reservas, mas não conteve as lágrimas. “A dor de quem sofre racismo é enorme, e é difícil manter a calma nessas situações”, desabafou o atleta em entrevista após o jogo.

A falta de um posicionamento rápido por parte da Conmebol tem sido alvo de críticas. Em outros casos semelhantes, clubes já foram multados e tiveram setores de seus estádios fechados como punição. No entanto, ainda não há indícios de uma medida concreta em relação ao ocorrido com Luighi.

A pressão por mudanças efetivas

A repercussão do caso mostra que a luta contra o racismo no futebol ainda tem um longo caminho pela frente. Enquanto Felipe Melo e outros jogadores pedem punições mais severas, a demora em ações concretas por parte das entidades reforça a sensação de impunidade.

O Palmeiras também se manifestou oficialmente, prestando apoio a Luighi e reforçando que seguirá acompanhando os desdobramentos do caso junto à Conmebol.

Com uma pressão crescente da opinião pública, resta saber se o episódio será um ponto de virada na luta contra o racismo no futebol sul-americano ou se será mais um caso a cair no esquecimento.

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