Por Eric Filardi
Fabio Macellari, ex-lateral-esquerdo que vestiu as camisas de Inter de Milão, Bologna, Cagliari e Lecce, vive hoje uma realidade completamente distinta daquela dos tempos de glória no futebol italiano. Se antes ele brilhava nos gramados ao lado de craques como Ronaldo Fenômeno e Vampeta, este último icônico no Corinthians e conhecido por duelos memoráveis contra o Palmeiras nos anos 90 e 2000. Agora leva uma vida modesta, trabalhando como pedreiro e, por um período, até mesmo como lenhador. Sua trajetória é um alerta sobre os perigos do desperdício e das más decisões financeiras e pessoais.
O declínio de Macellari não foi uma escolha, mas sim uma consequência de anos de excessos. Durante sua carreira, o ex-jogador não economizou quando o assunto era luxo, festas e prazeres momentâneos. Ele próprio admite que a vida noturna intensa e o contato com drogas foram fatores determinantes para sua ruína financeira e profissional. Em uma entrevista ao programa "Non è la d'Urso", da TV italiana, revelou:
"Cometi muitos erros e até usei drogas. Quando se é jovem e se ganha muito dinheiro, acostuma-se com um padrão de vida alto e não se pensa no que vem depois."
Uma das principais reviravoltas em sua trajetória aconteceu quando atuava pelo Bologna. Após uma lesão que o afastou dos gramados por mais de quatro meses, ao invés de focar na recuperação e no retorno ao futebol, Macellari optou por curtir a vida. Viajou para um resort de luxo em Porto Cervo, alugou um iate e celebrou intensamente. O episódio, que envolveu festas extravagantes e a companhia de modelos russas, chegou ao conhecimento da diretoria do Bologna, que imediatamente rescindiu seu contrato.
Mesmo depois desse choque, Macellari não conseguiu reorganizar sua vida. Em sua segunda passagem pelo Cagliari, revelou que consumia cocaína regularmente, inclusive antes das partidas. Esse hábito não apenas comprometeu seu desempenho dentro de campo, mas também acelerou sua decadência no futebol profissional. O dinheiro, que antes parecia interminável, foi se esgotando rapidamente, e sua carreira, que poderia ter sido brilhante, terminou precocemente.
Sem oportunidades em grandes clubes, o ex-lateral passou a atuar em divisões inferiores, onde os salários eram bem menores. Em 2015, encerrou de vez sua jornada como jogador de futebol. Sem recursos financeiros e sem uma estrutura de suporte, Macellari precisou se reinventar. Trabalhou como lenhador e, atualmente, sobrevive como pedreiro. Apesar de possuir uma licença para ser treinador, prefere se manter afastado do futebol.
Hoje, aos 50 anos, ele alerta os jovens atletas sobre os perigos que espreitam aqueles que não sabem administrar a fama e a fortuna. "Vejo muitos jovens repetindo os mesmos erros que cometi. Frequentam festas e gastam sem pensar no futuro. Tenham cuidado!", aconselha. Sua história serve de lição sobre os riscos da má gestão financeira, da vida desregrada e do impacto devastador das drogas na carreira de um atleta profissional.
12/03/2025
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