Enquanto na MLS fatura R$ 100 mil, este será o salário de Micael no Palmeiras

A chegada do zagueiro Micael ao Palmeiras está prestes a ser oficializada. As tratativas entre as partes estão praticamente fechadas, e o defensor aguarda apenas a liberação final para embarcar ao Brasil. A previsão é que o jogador desembarque até sexta-feira (21). Segundo apuração, o Verdão ofereceu US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões) por 80% dos direitos econômicos do atleta.

Negociação Começou Ainda em Janeiro

As primeiras conversas entre Palmeiras e Micael aconteceram na segunda semana de janeiro. O clube paulista procurou o estafe do jogador e o Houston Dynamo, dos Estados Unidos, para entender a viabilidade do acordo. Aos 24 anos, o defensor atua pelo lado esquerdo, característica valorizada por Abel Ferreira. Revelado pelo Atlético-MG, Micael está no futebol norte-americano desde 2022 e foi um dos destaques defensivos da última temporada da MLS.

Nos últimos dias, o Grêmio também demonstrou interesse no jogador. No entanto, Micael já havia dado prioridade ao Palmeiras, o que fez o clube gaúcho direcionar sua atenção para Wagner Leonardo, do Vitória.

Frustrações no Mercado e Declarações de Leila Pereira

A diretoria palmeirense iniciou o ano com expectativas de contratações de peso, mas algumas negociações frustradas deixaram a torcida insatisfeita. Jogadores como Andreas Pereira e Claudinho estiveram perto de um acerto, mas os acordos não foram concretizados. A presidente Leila Pereira atribuiu essas falhas à falta de compromisso e transparência no futebol.

No caso de Claudinho, por exemplo, o jogador estava apalavrado com o Palmeiras, e o Zenit, da Rússia, chegou a trocar minutas do contrato. Porém, no dia seguinte, o meia aceitou uma proposta do Al Sadd, do Catar. Durante um evento do banco digital do clube, Leila expressou sua indignação com a postura de alguns atletas e dirigentes no mercado da bola.

— Eu até me arrependo de ter falado nomes no passado. Sou uma pessoa sincera e objetiva, mas às vezes essa clareza me prejudica. Quando dou minha palavra, cumpro. Achei que alguns jogadores estivessem fechados com o Palmeiras, mas era apenas verbalmente — declarou a presidente.

Leila reforçou que no futebol, muitas vezes, a palavra não tem o mesmo peso que nos negócios convencionais, o que gera insegurança nas tratativas.

— Se fechamos um acordo verbalmente, para mim está fechado. O contrato vem depois. Mas não é possível que em dois dias uma palavra não tenha valor algum. No Palmeiras, honramos o que foi combinado. Infelizmente, nem todos no futebol agem assim. Precisamos de mais credibilidade para o futebol brasileiro evoluir — completou.

O Palmeiras segue no mercado em busca de reforços para a temporada, e Micael deve ser a primeira peça confirmada neste novo ciclo de contratações.