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Em jogo do Verdão, jornalista prova que Conmebol não se importa com esse crime

Conmebol continua negligente quanto ao crime de racismo em suas competições

Por Rafael Pereira

Conmebol continua negligente quanto ao crime de racismo em suas competições

O episódio de racismo que manchou o confronto entre torcedores do Palmeiras e do Boca Juniors na semifinal da Copa Libertadores, realizado no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, lança luz sobre uma triste realidade: a aparente falta de compromisso da Conmebol em lidar eficazmente com casos de discriminação racial nas competições sul-americanas.

Antes da partida, um torcedor argentino praticou injúria racial contra os palmeirenses, exibindo um celular com a palavra "macaco" direcionada ao setor ocupado pelos brasileiros. Esse lamentável episódio foi documentado e amplamente compartilhado nas redes sociais pelo jornalista João Paulo Cappellanes, gerando justa indignação e clamores por uma punição ao responsável.

O Boca Juniors, que já havia sido multado em R$ 524 mil pela Conmebol devido a gestos racistas de seus torcedores durante uma partida contra o Corinthians na fase de grupos da Libertadores, repetiu a triste façanha de estar envolvido em um caso de racismo. Esse histórico de punições, que inclui diversas multas totalizando R$ 3,7 milhões por episódios de racismo em jogos da Libertadores e da Copa Sul-Americana, reflete o regulamento mais rígido implementado pela Conmebol no ano anterior para combater a discriminação.

Além disso, é preocupante observar que de sete clubes punidos cinco punições recaíram sobre clubes argentinos, demonstrando uma necessidade urgente de conscientização e educação sobre o tema nas torcidas sul-americanas. O racismo no futebol é um problema global, mas é responsabilidade das entidades esportivas e dos clubes adotarem medidas mais rigorosas e eficazes para combater essa prática nefasta, que mancha a reputação do esporte e prejudica seus verdadeiros valores de inclusão, respeito e igualdade.

Conmebol negligente

No entanto, a triste realidade é que tais medidas não parecem ser suficientes para erradicar o preconceito das arquibancadas das competições sul-americanas. A repetição desses casos lamentáveis de discriminação racial levanta dúvidas sobre a eficácia das punições existentes e da postura da Conmebol em relação a esse problema.

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